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Ir.’. Francisco Pucci, 33, CENAL

Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. – Cora Coralina

A poetiza Cora Coralina resume, nesse aforismo, o que foi o maravilhoso fim de semana que passamos, num convívio fraterno, no fim de semana do dia 5 de outubro. Irmãos dos variados Vales transferindo o que aprenderam para seus demais Irmãos, tanto os reunidos fisicamente quanto os que acompanhavam pela rede.

Rede, aliás, cuja polissemia cabe bem neste texto, pois fomos literalmente embalados pelo prazer de participar dos trabalhos realizados com Força, Beleza e Sabedoria.

Nesses momentos penso sempre na profundidade dos ensinamentos maçônicos: esses três pilares de toda ação humana sustentam toda obra de sucesso. Falte qualquer um deles e a obra não se realizará…ou ficará defeituosa.

Nossos Seminários, que já fazem parte da Tradição da 1a Inspetoria, realizam (tornam real) o objetivo maior dos Graus Adicionais do R.’.E.’.A.’.A.’., que é produzir e transmitir reflexões mais profundas sobre a Maçonaria em geral e nosso Rito em particular. Por isso são abertos a todos os Irmãos, independentemente de Grau.

Mas são realmente abertos a todos os Irmãos? Abertos, sim; frequentados, não. Na realidade, o que foi escrito sobre todos serem chamados, embora poucos serem escolhidos, é uma verdade também para a Arte Real.

Conta-se que diversos membros da Arte della Lana, uma das mais influentes guildas de Florença, foram convocados para esculpir estátuas para a Catedral da cidade. Num determinado bloco de mármore, vários artistas tentaram esculpir David, o herói bíblico. Dadas as características da pedra, desistiram. Foi, então, convidado Michelangelo, então um jovem, para fazer o trabalho. Aproveitando os veios da pedra, esculpiu a mais linda obra da história da arte humana.

Ao ser perguntado sobre como conseguiu esculpir essa maravilha em um único bloco de mármore, Michelangelo respondeu: “Foi fácil. Fiquei um bom tempo olhando a pedra até enxergar nela David. Aí pequei o martelo e o cinzel e tirei tudo que não era ele”.

Talvez essa passagem seja apenas uma lenda, mas é uma lição digna das mais profundas parábolas. O fato e o ato representam o fundamento da Arte maçônica. Desde a Iniciação somos convidados (convidados, não compelidos) a aprender sobre nós mesmos até enxergarmos a Obra Prima que está oculta por entulhos desnecessários e, na maioria das vezes, perturbadores de nossa essência. Aí, aprendemos a usar os instrumentos corretos para desbastar esses entulhos até que aflore o nosso Eu verdadeiro, em toda sua beleza.

Claro que para essa tarefa, todos são convidados, mas muitos veem apenas a pedra e não conseguem animar-se a realizar a tarefa de tirar dela o que está oculto. Muitos outros, trabalhando apenas para terminar logo a tarefa, atingem atabalhoadamente um veio errado e destroem irrecuperavelmente a pedra.

Por isso os Irmãos que participam do Trabalho com entusiasmo, perseverança e esperança de esculpir o melhor em si mesmos, devem ser louvados. Obrigado a todos, os que transmitiram o que aprenderam e os que aprenderam o que foi transmitido.

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